Em qualquer lugar da sociedade sempre existe alguma
coisa para ser melhorada. É assim em casa, no trabalho, nas relações pessoais e
profissionais. Na escola, ambiente de aprendizado de jovens e adolescentes, não
é diferente.
Para construir uma relação de respeito e harmonia, a
Educação estimula os alunos a criarem Grêmios
Estudantis. Esses grupos têm voz ativa
na administração da escola, apresentando suas ideias e opiniões sobre a gestão
e sobre o que pode melhorar na unidade de ensino. Alguns deles, ajudam até na
construção da personalidade e caráter dos jovens. É o caso do grupo Ação Jovem
Mozart, da E.E. Professor Mozart Tavares de Lima, em São Paulo.
Desde 2014 atuando na unidade de ensino, o grupo já
promoveu inúmeras atividades para melhorar a escola, que vão desde a criação de sabão
sustentável para a comunidade, até
projetos de prevenção contra o mosquito Aedes aegypti, de monitoramento de
outros alunos no intervalo escolar, entre outras coisas. Mas é a construção do
protagonismo juvenil que tem destacado os gremistas.
“A partir do momento que eu ingressei no grêmio
estudantil, eu aprendi a trabalhar em equipe. Eu vi que eu sozinho não chego a
lugar algum, preciso daquele conjunto, daquela equipe ao meu lado”, afirma o
jovem Alexsandro Santos de Oliveira, diretor de eventos no grupo.
“Quando eu entrei no grêmio estudantil, eu era muito
tímida. E desde então estou aprendendo a deixar a timidez cada vez mais para
trás, estou aprendendo a dialogar mais”, revelou Jéssica Martins, diretora
social do grêmio Ação Jovem Mozart.
Postura na visão dos
professores
Coordenadora do grupo gremista, a professora Marilda de
Fátima Salles Amorim destaca a postura como o diferencial entre um jovem
gremista e um que não atua nos grêmios. “O aluno que não atua ele não tem
aquela visão do que eu posso fazer e o que eu não posso fazer. Já o aluno
gremista ele já tem a visão das reuniões, o que pode, o que não pode, quais são
as regras, entre outras coisas”.
“Eu avalio de uma forma positiva o protagonismo desses
jovens. Os alunos que compõe o grupo estão com uma visão completamente
diferente, eles têm a visão do ‘ter que cuidar’ e com isso eles acabam
multiplicando para o restante”, afirma Marcela da Silva Manoel, professora
mediadora.